segunda-feira, 19 de março de 2012

Incentivo a leitura

Jornal na sala de aula: leitura e assunto novo todo dia
O trabalho com jornais, além de ampliar o universo dos alunos, ajuda a formar leitores competentes e torna as suas aulas mais interessantes.


Em tempos de interatividade via telefone celular e internet, fazer com que as crianças se interessem pela leitura de jornais não é tarefa das mais fáceis, mas certamente é fundamental para formar leitores habituais e cidadãos bem-informados. Trazendo textos com características distintas, fotografia e recursos gráficos, os jornais são uma fonte respeitada para pesquisa e para a obtenção de informação sobre o mundo atual. Além disso, eles se modernizaram e passaram por reestruturações gráficas e editoriais para proporcionar leitura mais agradável de seu conteúdo.

Para uma criança tomar gosto pelos periódicos, o primeiro passo é acabar com a idéia de que jornal é coisa de "gente grande". Dentro da gama variada de assuntos abordados, certamente são encontradas notícias locais ou de entretenimento que atraem também os pequenos. É importante fazer os alunos se relacionarem com o jornal como se fossem leitores comuns: eles devem manuseá-lo por inteiro (não só textos recortados), aberto sobre uma mesa, no chão ou dobrado; e buscar os cadernos que mais interessam, vendo fotos e lendo títulos, subtítulos e o início de cada reportagem, para saber se vale seguir até o final. "É comum a pessoa iniciar a leitura pela área de que mais gosta, mas isso não significa que ela irá até o fim do texto", afirma Maria José Nóbrega, consultora de Língua Portuguesa.

Informação total

Apresentar textos cortados, sem referências nem ilustrações - prática comum em livros didáticos - , não é uma maneira eficaz de formar leitores de jornal. Maria Alice Faria, professora aposentada da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Assis, explica que o contexto da edição e da publicação traz informações importantes, que são ocultadas quando se destaca apenas um pedaço. "O professor deve levar jornais inteiros para a sala de aula, mesmo que antigos, pois nem todos os alunos têm acesso a ele ou intimidade com esse meio de comunicação", completa.

Juvenal Zanchetta Jr., professor da Unesp de Marília e parceiro de Maria Alice na elaboração de obras sobre o tema, diz que o trabalho com o jornal deve ser permanente: "Aos poucos, essa atividade se torna mais complexa com a ampliação da capacidade de leitura dos alunos". Os menores começam identificando a estrutura da mídia e dos textos nela publicados, redigindo pequenas notas. Da 4ª série em diante, eles já podem fazer um produto semelhante. Depois da 5ª, é possível chamar a atenção da turma para as opções políticas e ideológicas de cada publicação, comparando o tratamento dado a um mesmo fato em diferentes jornais.

Antes de começar qualquer trabalho, porém, o professor precisa buscar informação sobre os jornais em estudos desenvolvidos na área e conhecer um pouco da linguagem gráfica (veja sugestões de leitura no quadro Quer saber mais?).

É comum ver professores e alunos frustrados com o exercício de fazer jornal na escola, pois a expectativa que se cria em torno desse tipo de atividade é muito grande. "A atividade deve ser um meio e não um fim", explica Zanchetta. "Serve para o professor estimular os alunos a escrever, a argumentar, a trabalhar em grupo, entre outras questões." Na produção com turmas de séries iniciais, é preciso levar em conta que a diversidade de gêneros pode confundir os alunos. "Se a edição é feita por uma só turma, produzir um boletim apenas com textos informativos é mais produtivo do que explorar, ao mesmo tempo, os diversos gêneros", ressalva a professora Celina Bruniera, consultora para o ensino de línguas e selecionadora do Prêmio Victor Civita Professor Nota 10.

Aprender a ler notícias

Adriana Pastorello, professora da 4ª série do Colégio Cristo Rei, em Marília, no interior de São Paulo, trabalha há dois anos com jornais em sala de aula. Durante os primeiros meses, ela faz um trabalho de sensibilização com a criançada. "Peço para a bibliotecária guardar exemplares durante as férias e, nas aulas iniciais, distribuo um para cada aluno", conta. Apesar da resistência dos pequenos dizendo que "jornal é coisa de velho", que "suja a mão" ou que "tem palavras difíceis", Adriana apresenta o produto, ensinando-os a manipulá-lo, a dobrá-lo, a diferenciar os cadernos, a ver as fotos, as legendas, as manchetes, os títulos e as colunas.

Em seguida, ela coloca a abertura da reportagem - o lide (leia quadro O Jargão Jornalístico) - em um retroprojetor e explica que ele é formado por seis questões básicas: o quê, quem, quando, onde, como e por quê. Seguindo o texto, a turma encontra nos primeiros parágrafos - se a reportagem estiver bem escrita - as respostas para essas perguntas. O próximo passo é rascunhar, em grupo, um lide sobre um fato ocorrido na escola.

Na etapa posterior, Adriana pede para os alunos lerem todos os dias uma notícia em casa ou na biblioteca da escola, que recebe dois jornais de circulação nacional e dois de interesse local. Em classe, a professora escolhe alguns estudantes para contar aos colegas o que leram. "Normalmente eles procuram notícias sobre assuntos já estudados em sala de aula ou que tenham relação com a cidade", exemplifica.

Mídias comparadas

Além de discutir os fatos com as crianças, Adriana compara a leitura do jornal com sua versão na internet (as crianças preferem ler no papel, por ser mais fácil encontrar as notícias), discute a diagramação (o motivo pelo qual uma notícia aparece em cima e outra embaixo da página, em títulos com letras maiores ou menores) e aborda as diferentes maneiras de tratar o mesmo tema — comparando com outras publicações ou com telejornais. Ela aponta ainda as diferenças entre os vários gêneros textuais (artigo, reportagem, classificados, horóscopo etc.). "No início, eu tive dúvida sobre o sucesso dessa atividade", confessa Adriana. Hoje, ela admite que, no final de cada ano, seus alunos se tornam leitores habituais de jornal e até sentem falta de notícias novas todos os dias.

A experiência de Mônica Gouvêa França Pereira, professora da 4ª série do Colégio Santa Cruz, na capital paulista, avança para a edição de um jornal depois de todo o trabalho de análise, de comparação e de discussão do texto jornalístico. O "Jornal do Santa" nasce no mural de cortiça da classe, que é dividido em seções - como se fossem os cadernos dos jornais comuns. Lá os alunos fixam notícias que trazem de casa antes de discuti-las com os colegas. Ao partir para a produção, ela chama a atenção para três aspectos do texto jornalístico: a linguagem direta; os tempos verbais utilizados nos títulos, textos e legendas; e a estrutura da notícia (abertura, desenvolvimento e conclusão). Por fim, discute-se o perfil do futuro leitor da publicação, no caso, colegas, pais, professores e funcionários.

Montadas as equipes de reportagem (grupos de quatro), começam as reuniões para a definição de pautas, geralmente relacionadas à comunidade e ao comportamento dos alunos. Tabelas e gráficos também entram nas reportagens, utilizando-se aí conhecimentos de Matemática, na área do tratamento da informação. Na aula de Inglês, as crianças elaboram a seção de divertimento, chamada fun pages, com cruzadinhas, caça-palavras e jogos em inglês. Formam-se duplas de redatores (que vão apurar, pesquisar e redigir) e de diretores de arte (responsáveis pelas fotos, ilustrações, gráficos, diagramação, revisão do texto, além de auxiliar na escolha de olho, título e legenda). Cada equipe assina a página que elaborou.

Na hora da diagramação, a professora coloca uma folha de papel A3 (29,7cm x 42cm) no quadro-negro. Os alunos colam as fotos e os textos feitos em computador nos lugares onde desejam que o material seja publicado. Esse rascunho é encaminhado para o departamento de informática da escola. Lá, uma diagramadora monta tudo no Page Maker, um programa de computador específico para esse trabalho. A edição é impressa em uma gráfica contratada para esse fim. O resultado é um jornal com 64 páginas e cinco cadernos (Comportamento, Cotidiano, Santa Cruz, Cultura e Turismo). Detalhe: as crianças da 3ª série fazem as matérias de Turismo e as da 2ª os Classificados.

"Um trabalho como esse desenvolve a autonomia das crianças, tornando-as verdadeiros alunos-repórteres, e as desperta para a importância da leitura periódica de jornal", comemora Mônica. Os 1800 exemplares do jornal são enviados em dezembro para a casa de todos os alunos.

domingo, 11 de março de 2012

12 de março Dia do Bibliotecário

Dia do Bibliotecário
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
No Brasil, o Dia do Bibliotecário, foi instituído pelo Decreto nº 84.631, de 12 de abril de 1980 , a ser comemorado em todo o território nacional a 12 de março, data do nascimento do bibliotecário, escritor e poeta, Manuel Bastos Tigre.
Engenheiro e bibliotecário por vocação Manuel Bastos Tigre, nasceu em 1882. Formou-se em Engenharia, em 1906 e resolveu fazer aperfeiçoamento em eletricidade, no Estados Unidos. Uma vez lá, conheceu o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal. Esse encontro foi decisivo na sua vida, porque, em 1915, aos 33 anos de idade, largou a engenharia para trabalhar com biblioteconomia.
Considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil. Prestou concurso para ingressar no Museu Nacional do Rio de Janeiro como bibliotecário e assim se classificou em primeiro lugar, com o estudo sobre a Classificação Decimal. Transferido, em 1945, para a Biblioteca Nacional, onde ficou até 1947, assumiu depois a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, na qual trabalhou, mesmo depois de aposentado, ao lado do Reitor da instituição, Professor Pedro Calmon de Sá.
Manuel Bastos Tigre trouxe grande contribuição social e cultural para o Brasil, por isso, nada melhor do que a data de seu nascimento para celebrar o dia daqueles que comungam o mesmo objetivo: disseminar informação e conhecimento a fim promover o desenvolvimento cultural e social do país.

terça-feira, 6 de março de 2012

História

8 DE MARÇO É DA MULHER

As mulheres do Século XVIII eram submetidas à um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, está intimamente ligado aos movimentos feministas que buscavam mais dignidade para as mulheres e sociedades mais justas e igualitárias. É a partir da Revolução Industrial, em 1789, que estas reivindicações tomam maior vulto com a exigência de melhores condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade entre os sexos. As operárias desta época eram submetidas à um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais.

Dentro deste contexto, 129 tecelãs da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, decidiram paralisar seus trabalhos, reivindicando o direito à jornada de 10 horas. Era 8 de março de 1857, data da primeira greve norte-americana conduzida somente por mulheres. A polícia reprimiu violentamente a manifestação fazendo com que as operárias refugiassem-se dentro da fábrica. Os donos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas no local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher em homenagem às operárias de Nova Iorque. A partir de então esta data começou a ser comemorada no mundo inteiro como homenagem as mulheres.

8 de março Dia Internacional da Mulher

quinta-feira, 1 de março de 2012

Entrega dos livros Didáticos

Olá pessoal!
Estamos na lida com a entrega dos Livros Didáticos, assim que a biblioteca ficar liberada, vamos agendar para o empréstimo domiciliar dos livros de literatura.